Viver só: o desafio de quem sai de casa para estudar
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) apontam que em 2014, 70 milhões de brasileiros moravam sozinhos. E dados do instituto de pesquisas Euromonitor International, mostram que entre 1996 e 2011, o número de pessoas que vivem só no mundo todo foi de 153 milhões para 277 milhões. Entre esses números estão os Jovens em estado de transição para a vida adulta. Pessoas que não pensam em casar tão cedo e que não abrem mão de seus objetivos de vida, que buscam formação e crescimento no mercado de trabalho. Esse é o perfil atual dos jovens que buscam independência e decidiram morar sozinhos.
Um exemplo é a paraense Andreza Mesquita, que saiu da casa dos pais em 2008, aos 16 anos para cursar o ensino superior na capital paraense. Morou com os irmãos até meados de 2012, quando se mudou para Natal- RN, para fazer pós-graduação. Em 2015 retornou ao Pará. Em outubro do mesmo se mudou para outra cidade, Salinópolis , para fazer a segunda graduação. "A oportunidade de estudar e a possibilidade de conseguir desenvolver a carreira de estudos e trabalho aumenta o fluxo migratório para as capitais, assim, esses jovens que deixam o ambiente familiar, saem de casa para desenvolver melhor sua condição de vida", afirma Roberto Alvares Rocha, Sociólogo piauiense.
Além da projeção de vida almejadas por pessoas que decidiram morar só, o Amadurecimento é a palavra chave para quem quer viver este estilo de vida. São muitos os desafios: organização nas rotinas , pagar as contas, aprender a cozinhar, cuidar dos afazeres domésticos." Nesse perÃodo eu amadureci. Quando a gente que mora só, aprende o quanto custa tudo (literalmente) e passa a dar valor a cada pequena coisa que você já teve e ainda vai ter na vida, porque nada é fácil de se conseguir ", frisa Andreza Mesquita. Decidir viver só , também, requer coragem. " O perÃodo que morei com meus irmãos foi menos complicado que morar totalmente só, morar em Natal foi um dos mais difÃceis na minha vida, a distancia era massacrante", declara Andreza Mesquita . Porém, ressalta que não voltaria a viver na casa dos pais. " A liberdade é viciante", afirma.
